quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Reflexão sobre a tragetoria do Serviço social no Brasil




Quando o Serviço Social surgiu no Brasil, na década de 30, registrava-se no País uma intensificação do processo de industrialização e um avanço significativo rumo ao desenvolvimento econômico, social, político e cultural. Tornaram-se mais intensas também as relações sociais peculiares ao sistema social capitalista. Quando se coloca em discussão a denominada questão social, dois elementos surgem em destaque: o trabalho e o capital. A resposta a ser dada ao conflito, entre esses dois pólos, vai depender da maior ou menor importância que se atribui a um ou outro desses elementos. Para entender melhor essa problemática, considera-se, de início, o trabalho humano, destacando as relações sociais que se desenvolvem no sistema produtivo. Focaliza-se, então, o cerne da questão social, a exploração do trabalho pelo capital, com todas as suas conseqüências para a vida do trabalhador.
O Serviço Social profissional teve suas origens no contexto do desenvolvimento capitalista e do gravamento da questão social. Para compreender as circunstâncias históricas ligadas ao surgimento dessa profissão no Brasil, veremos o contexto da época em que foi criada no País, na década de 30, considerando-se como eixo central da análise a questão social em seus aspectos econômicos, políticos e sociais. Nesse contexto, foi promulgada uma série de medidas de políticas sociais, como uma forma de enfrentamento das múltiplas refrações da questão social, ao mesmo tempo em que o Estado conseguia a adesão dos trabalhadores, da classe média e dos grupos dominantes, donos do capital.
O governo populista adotava, ao mesmo tempo, mecanismos de centralização políticoadministrativa, que favoreciam o aumento da produção, dando condições para a expansão e a acumulação capitalista.
Relacionando o Serviço Social com a questão social e com as políticas sociais do Estado, tornou-se necessário o debate de alguns elementos da problemática do Estado: o Estado liberal, o Estado
intervencionista, e as funções educativas, políticas e sociais que se desenvolvem no âmbito do Estado
moderno. Os processos de institucionalização do Serviço Social, como profissão, estão relacionados com os efeitos políticos, sociais e populistas do governo de Vargas. A implantação dos órgãos centrais e regionais da previdência social e a reorganização dos serviços de saúde, educação, habitação e
assistência ampliaram de modo significativo o mercado de trabalho para os profissionais da área social.
O Serviço Social, como profissão e como ensino especializado, beneficiou-se com esses elementos
históricos conjunturais. Ao mesmo tempo em que se ampliava o mercado de trabalho, criavam-se as
condições para uma expansão rápida das escolas de Serviço Social.

continua....

Meu afago!!

REFLEXÕES SOBRE A TRAJETÓRIA DO SERVIÇO SOCIAL



Hoje quero falar um pouco da trajetoria do serviço social, sei que já é de conhecimento da maioria dos leitores do blog, mas falar desse assunto é tão prazeroso e ler ainda mais. Irei escrever um pouco hoje e a cada dia farei outros post abordando o mesmo tema....vamos lá!

Em 1899, funda-se na Alemanha a 1a. Escola de Serviço Social do mundo; inicia-se o processo de secularização da profissão, ou seja, para o Serviço Social as explicações religiosas do mundo são substituídas por explicações científicas. As Damas de Caridade que auxiliavam os pobres acreditavam que a situação de pobreza era culpa do modo de viver e de ser de seus sujeitos e bastava uma simples ajuda inicial e alguns conselhos para que encontrassem os rumos dos benefícios do capitalismo. Como o pobre “sempre tem muitos filhos”, era necessário também pensar na família, daí surge o trabalho com as famílias, com as crianças e adolescentes e na área de higiene.
No início do século XX, Mary Ellen Richmond, passa a estudar e investigar seriamente o meio social em que as pessoas vivem, através das Entrevistas, Conversas, Visitas Domiciliares, Observando, anotando e fazendo Relatórios para obter um Diagnóstico e descobrir as possibilidades da pessoa vir a desenvolver sua personalidade e como conseguir a ajuda do meio para isso.

Por hoje é só!

Meu afago!!

terça-feira, 27 de outubro de 2009

I Exposição Arte de Gente


Nos dias 28 e 29 de outubro, Três Marias terá a oportunidade de conhecer o trabalho feito pelos jovens do Instituto Opará.
A I Exposição Arte de Gente será realizada no centro de convenções da SEMEC (antigo Três Marias Tênis Clube), de 8h às 17.
A entrada é gratuita. Belas obras de arte e demais produtos artesanais serão apresentados. O grande diferencial fica por conta dos materiais utilizados: todos os objetos da exposição foram confeccionados com a reciclagem de sucatas industriais e restos de tecidos doados por empresas locais. Além disso, os trabalhos focam a demonstração da cultura local, das principais características ligadas ao Velho Chico.
O projeto Arte de Gente trabalha o resgate social de jovens, além de proporcionar a profissionalização e a criação de uma identidade cultural da região. Participe!Realização: Instituto Opará, Votorantim Metais e Prefeitura Municipal de Três Marias.

Vamos todos prestigiar!!

Denilda Perez.

Unitins participa da I Conferência Nacional de Saúde Ambiental

Unitins participa da I Conferência Nacional de Saúde Ambiental
26/10/09 16:13 - Carlos de Bayma

A pesquisadora do Nemet/RH – Núcleo Estadual de Meteorologia e Recursos Hídricos, Caroline Iost, representará a Unitins – Fundação Universidade do Tocantins, na I Conferência Nacional de Saúde Ambiental, que será realizada em Brasília/DF, de 15 a 18 de dezembro.
O tema em debate: A saúde ambiental na cidade, no campo e na floresta: construindo cidadania, qualidade de vida e territórios sustentáveis, calcado no lema Saúde e Ambiente: vamos cuidar da gente!
Foram realizadas quatro conferências intermunicipais de preparação para a etapa estadual, envolvendo 99 dos 139 municípios tocantinenses. Caroline participou da Comissão Organizadora das conferências como membro do Conselho Estadual de Meio Ambiente.

Nessas reuniões, foram eleitos 254 delegados para participarem da Conferência Estadual. Dentre estes, foram escolhidos 24 para a etapa nacional, elegendo-se a pesquisadora Caroline Iost como delegada da I Conferência Nacional de Saúde Ambiental.

A I Conferência Estadual de Saúde Ambiental realizou-se em Palmas, nos dias 15 e 16 de outubro, e foi promovida pela Secretaria de Estado da Saúde, em parceria com a Secretaria de Recursos Hídricos e Meio Ambiente e a Secretaria de Habitação e Desenvolvimento Urbano. O objetivo do encontro foi definir diretrizes para políticas públicas integradas na área de saúde ambiental, que promovam uma melhoria na saúde da população através do meio ambiente.

“A saúde e a questão ambiental tem sido trabalhada separadamente, mas a saúde está ligada e interligada às questões ambientais. Muitos dos problemas que causam males à saúde são devidos aos impactos ambientais, seja pela falta de abastecimento de água potável, coleta e tratamento de esgoto sanitário, a exposição inadequada de resíduos sólidos e resíduos perigosos como o lixo hospitalar, entre outros”, explica Caroline.

De acordo com a pesquisadora, os diferentes segmentos da sociedade participam discutindo os problemas de sua região, contribuindo com sugestões para solucionar os mesmos. Em cada estado foi realizado esse trabalho e o resultado das conferências estaduais será levado até Brasília.

“A I Conferência Nacional contará com representantes dos povos indígenas, ONGs, movimento trabalhistas, empresas privadas, universidades, poder público, ou seja, diferentes olhares com o mesmo objetivo, que é promover o desenvolvimento sustentável”, finaliza a pesquisadora.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

EVENTO !

Oficina Internacional de Qualificação sobre redução de mortalidade materna e atenção à violência sexual contra a mulher.

Quando: 14 a 17 de novembro de 2009
Onde: Expominas - Belo Horizonte/MGI Workshop sobre Morbidade Materna Extrema no MercosulII Encontro da Rede Nacional de Atenção Integral para Mulheres e Adolescentes em situação de violência doméstica e sexual
XIV Fórum Interprofissional sobre Violência contra a Mulher e Implementação do Aborto previsto em Lei
Organização: Febrasgo, Área Técnica de Saúde da Mulher do Ministério da Saúde, Centro de Pesquisas em Saúde Reprodutiva de Campinas - Cemicamp e Rede Nacional Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos.
Público alvo: Secretarias Municipais e Estaduais de saúde, membros dos Conselhos de Classe (Medicina, Enfermagem, Psicologia e Serviço Social) Quem quiser participar deve preencher o formulário e enviar para o email cesilva@unicamp.br ou zotareli@unicamp.brInformações: cemicamp@cemicamp.org.br / (55-19) 3289-3207 / 3289-2856 / 3289-1146 - Fax: (55-19) 3289-2440

EVENTO !!!!

I Feira de Direitos Humanos do Curso de Serviço Social - FUNEDI/UEMG

Quando: 21 de novembro de 2009

Onde: Benedito Valadares (Praça do Santuário), no centro de Divinópolis/MG

Horário: das 8h às 16h, encerrando com uma noite cultural no horário das 18h às 22h Serão abordados direitos humanos e prática profissional.
Objetivos: Explorar temas relacionados aos Direitos Humanos dentro do contexto do Serviço Social, além de promover a pesquisa, socializar o conhecimento diretamente com a sociedade de Divinópolis/MG, através de exposição oral e em praça pública, esperando com isto, promover o conhecimento e levar a sociedade à prática profissional do Assistente Social concretizada na luta pelo Direito.

Os temas serão explorados por professores e acadêmicos dos períodos abaixo:
8º período:Temas relacionados ao Serviço Social 1. O Serviço Social2. Ética Profissional
6º período:Tema: O planejamento e as políticas públicas1. Educação2. Saúde (Conselho de Saúde)3. Previdência
4º período:Tema: O Serviço Social e seus campos de atuaçãoConselhos:1. Conselho Tutelar e Conselho Criança e Adolescente2. Conselho Municipal de Assistência Social 3. Conselho Antidrogas4. Conselho da Mulher5. Conselho do Meio Ambiente
2º período:Tema: Cidadania1. Idoso (Conselho do Idoso)2. Pessoa com Deficiência3. Cidadania

III Jornada Acadêmica do Curso de Serviço Social

III Jornada Acadêmica do Curso de Serviço Social - UninCor

Novos Horizontes para o Serviço SocialQuando: 27 e 28 de outubro de 2009Onde: Anfiteatro I - Prédio do Curso de Odontologia/UNINCOR
Público alvo: Acadêmicos, Representantes de Entidades, Usuários, Associações de Moradores, Conselhos Municipais, Empresários, Profissionais liberais, Profissionais da área de Assistência Social, Saúde e Educação
27 de outubro:Horário: 19h às 21h30Tema: Serviço Social na Área da EducaçãoPalestrante: Exmo. Sr. Deputado Estadual André Quintão 28 de outubro:Horário: 19h às 21h30Tema: Benefícios Previdenciários e Assistencial/LOASPalestrante: Sr. Sérgio Kurok Takeishi - Técnico do Seguro Social/INSS - GEX/Varginha

1º Encontro Regional de Assistentes Sociais do Alto Paraopeba

1º Encontro Regional de Assistentes Sociais do Alto Paraopeba

Quando: 05 de novembro de 2009Horário: 19h30 às 21hOnde: Centro de Ensino Superior de Conselheiro Lafaiete - Fundação Municipal de Ensino Superior Coordenadora: Thaíse Seixas Peixoto de Carvalho

Programação: 19h30 - Abertura NASAP19h50 - Palestra: Instrumentalidade do Serviço Social -

Palestrante: Glays Guerra

Questão Social

O Saxo e o Caco - autor Jorge Cabral

Poucos dias faltavam para o Natal, e a tarde estava quente. Todo nu no meu abrigo, fazia a sesta, quando sou despertado por enorme algazarra misturada com os ruídos do helicóptero.-Alfero, Alfero, é Spínola! - gritam os meus soldados (2).(Estou tramado, o quartel está uma merda. Que visto? Apresento-me em estado de nudez? Não há tempo a perder. O pássaro já poisou e o General avança. Enfio uns calções antigamente verdes, umas chinelas, e claro uma boina, para poder fazer a devida continência).Eis-me assim, garboso Comandante, apresentando a tropa, e os milícias, todos eles mal fardados, como era habitual.Sua Excelência, pede um intérprete, pois vai botar discurso. E começa:- Debaixo desta bandeira… - e aponta o braço na direcção onde pensava que a mesma existia. Fica-lhe o braço no ar, mas continua:- ... A Pátria… - , e notando a atrapalhação do tradutor, pergunta-lhe:- Sabes o que é a Pátria?- Não - responde aquele.(Lixei-me! Vou ser despromovido, talvez preso. Dentro de mim um turbilhão de maus presságios começa a fervilhar. Mentalmente preparo réplicas. Não é necessária bandeira, pois a Pátria está dentro de nós, e por isso, meu General, é indefinível, responderei).Mas o Caco nada me pergunta. Vem acompanhado de três majores e um capitão. Querem ver tudo. Primeiro a Escola. Onde funciona?(Escola? Qual Escola? Pensa rápido, Jorge! Inventa!)- Sabe, meu Major, estas crianças também frequentam o ensino corânico, que decorre ao ar livre. Por isso considerei que a nossa escola não devia ser enclausurada, pois tal podia traumatizá-las.- Ainda assim…- começou o Major, impedido de continuar por um olhar do Com-Chefe.- E o Heliporto? - indagou um outro Major - Parece muito atrasado.- É que, meu Major, faltam os materiais e também operários especializados.- Operários especializados? Então e os seus soldados?!- Todos homens de Fé, meu Major. Tirando a actividade operacional, dedicam-se à reflexão.Nem respondeu este Major. Logo outro se adiantou, interrogando o Amaral, sobre as povoações mais próximas. Em sentido, sério, calmo, respondeu o Amaral:- Mato a Norte, mato a sul, mato a leste, mato a oeste, meu Major.(Ah! Grande Amaral, vais fazer-me companhia na porrada!)Mas o pior estava para vir! Sua Excelência queria testar o plano de defesa:- Qual o sinal, nosso Alferes?- Uma granada - improvisei eu.Tendo-me dirigido à arrecadação não encontrei nenhuma granada ofensiva. Peguei então numa defensiva, e zás, lancei-a. Tudo tremeu! Manteve-se de pé o General, mas o caco caiu.Entretanto os meus soldados, querendo mostrar heroicidade, encostaram-se ao arame, de peito descoberto, alguns mesmo sem arma.(Agora sim, está tudo perdido! Que vergonha! E logo eu, neto de um herói de Chaimite).Recomposto o Caco, olhou-me uma última vez e disse:-Já vi tudo!.Ao encaminhar-se para o helicóptero, ainda lhe ouvi comentar para a comitiva:-Porra, que não é só o Alferes! Estão todos apanhados!Deve porém ter ficado impressionado, pois três dias depois voltou. Eu não estava. Tinha ido a Fá, buscar uma garrafa de whisky, prenda mensal do Capitão João Bacar Djaló (3). Contou-me o Branquinho (4) que quando o informaram da minha ausência, Sua Excelência exclamou:- Ainda bem!

ESTUDANTES DA UNITINS APROVADOS EM CONCURSO PÚBLICO COLAM GRAU, RECEBEM DIPLOMA E EFETUAM REGISTRO NO CRESS!


Olá pessoal,





Por Michelle Carneiro

Bem, é sabido que muitas são as dúvidas dos estudantes do Curso de Serviço Social Ead da Fundação Universidade do Tocantins – UNITINS, principalmente a turma que iniciou no ano de 2006 e que estão formando agora em 2009.

A maioria dos acadêmicos oriundos dessa turma já irá COLAR GRAU agora mês de novembro. São aqueles que fizeram estágios devidamente regulamentados, e acompanhados pelo profissional do Serviço Social tanto em campo, quanto na academia.

APÓS A COLAÇÃO DE GRAU, todos poderão dar entrada junto à faculdade para EXPEDIÇÃO DE DIPLOMA, e TODOS o receberão devidamente REGISTRADO PELO MEC.
Adianto que, alguns estudantes, como eu, por exemplo, que passaram em concurso público ou que por algum motivo já colaram grau em gabinete, já estão com o DIPLOMA EM MÃOS.
Alguns desses estudantes que são possuidores de diplomas também já pediram INSCRIÇÃO NOS CRESS – Conselhos Regionais de Serviço Social, pois, sabe-se que de acordo com a Lei de Regulamentação da Profissão 8.662, para exercer a profissão é imprescindível a inscrição no Conselho da categoria.
É bom pontuar aqui que o Conselho Federal de Serviço Social – CFESS emitiu a portaria nº. 555 de 2009, alterando a portaria anterior nº. 378. Com a alteração, só poderão solicitar inscrição junto aos CRESS, os possuidores de diploma, devidamente registrado pelo MEC.
É pertinente lembrar que também está em vigor a portaria nº25, emitida pelo CFESS, na qual afirma-se que está suspenso a análise do pedido de inscrição de estudantes da UNITINS junto aos CRESS. No entanto, a mesma portaria evidencia em seu artigo 2º que, no caso das situações excepcionais (convocação em concurso público) relativas a pedidos de registro de formandos da UNITINS, deverão ser tratadas pelos CRESS, de forma especial e individualizada e, na hipótese de seu acatamento, deverão ser devidamente justificadas e motivadas.
Cito-lhes o meu caso como um dos exemplos: já colei grau antecipado por conta da aprovação em um concurso público estadual, já estou com o diploma em mãos, e também já dei entrada no Conselho Regional de Serviço Social da região onde exercerei a profissão. Assim, o meu registro profissional foi devidamente expedido. Portanto, encontro-me devidamente registrada no CRESS e APTA PARA EXERCER A PROFISSÃO DE ASSISTENTE SOCIAL.
O fato é que, TODOS os estudantes oriundos do Curso de Serviço Social da Fundação Universidade do Tocantins – UNITINS estão legalmente aparados pela portaria 44 do MEC que reconhece os cursos para expedição e registro de diplomas. Portanto, não tenham receio. Concluam suas atividades acadêmicas normalmente que, com certeza, terão seus direitos garantidos.
Peço a todos para que fiquem tranquilos quanto a esses fatos, e que tenham muito discernimento com todos os entraves que ainda estão por vir, seja no campo de atuação e também de relações profissionais.


Um grande abraço!

Serviço Social Ead

Aprendemos que a história do Serviço Social na América latina e a sua consolidação como profissão têm sido marcadas, assim como a própria sociedade, por contradições e, por conseguinte, pelas intermináveis lutas contra as estruturas condicionantes da desigualdade social entre as classes (BURIOLLA, 2006, p.86), pela busca do estabelecimento do cidadão enquanto sujeito de direitos, por uma sociedade mais justa, igualitária e equânime.Nessa perspectiva, convidamos o Conselho Federal de Serviço Social - CFESS, bem como todos os CRESS espalhados pelo Brasil e ABEPSS, a refletir sobre a outra face do sistema Ensino a Distância – EAD, que nos parece estar ofuscada aos olhos desses órgãos, visto que emitem pareceres e deliberam posicionamentos intransigentes sobre a referida modalidade de ensino; concebemos que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados (William Shakespeare).Outrossim, lembramos dos princípios que permeiam a Educação no País e que, claramente, ou por analogia, norteiam a formação e, conseqüentemente, a profissionalização dos assistentes sociais, a saber: a) princípio do pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino ((Constituição Federal Brasileira de 1988, Art. 206, inciso III) – contraria o argumento rígido do CFESS que superestima o ensino presencial e público, imprimindo-lhe a imagem estereotipada de excelência e supremacia, em detrimento do ensino a distância e privado, outorgando a este o estigma de mercantilista e precário – todo extremo é perigoso - daí a necessidade de conhecer bem o que se está criticando e desprezando com tanta veemência, afinal, também há cursos de Serviço Social presenciais em universidades públicas e em faculdades privadas com graves deficiências e há bons e maus profissionais formados por elas; b) princípio da indissociabilidade entre ensino (CF/88, Art. 207) – entende-se que as modalidades de ensino não devem estar desagregadas, uma não invalida a outra, assim, não seria mais coerente lutar pela obrigatoriedade da associação, da complementaridade entre os sistemas? c) princípio do apreço à tolerância (Lei nº 9.394/1996 - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) – ao orientar, e até determinar, que os CRESS e os profissionais da área abominem o EAD, não estaria o CFESS sendo intolerante e descumprindo a Lei? Não deveria esse Órgão dar exemplo e funcionar como Tribunal Superior de Ética Profissional (Lei de Regulamentação da Profissão - n° 8.662/1993, Art. 8°, inciso V)? (...) com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado (Shakespeare); d) por fim, citamos alguns dos tão relevantes princípios basilares preconizados pelo Código de Ética do Assistente Social (Resolução CFESS n. 273/1993), cuja clarividência dispensa qualquer explanação: (...) recusa do arbítrio e do autoritarismo; Posicionamento em favor da equidade (...) que assegurem universalidade de acesso aos bens e serviços relativos aos programas e políticas sociais, bem como sua gestão democrática; empenho na eliminação de todas as formas de preconceito, incentivando o respeito à diversidade (...) e à discussão das diferenças; opção por um projeto profissional vinculado ao processo de construção de uma nova ordem societária, sem dominação-exploração de classe (...); exercício do Serviço Social sem (...) discriminar, por questões de inserção de classe social (...).
Com obviedade, estes princípios não são aplicáveis apenas no que diz respeito ao exercício da profissão dos assistentes sociais em relação aos usuários da Assistência Social, mas também àqueles que a exercem no âmbito de atuação dos órgãos e entidades representativas da categoria profissional.
Portanto, já que todos nós, CFESS, CRESS,ABEPSS , profissionais de Serviço Social e alunos do curso em todo o país, desejamos concorde e fervorosamente ter compromisso com a qualidade dos serviços prestados à população e com aprimoramento intelectual, na perspectiva da competência profissional (Código de Ética - princípio fundamental) – vale ressaltar que a necessidade de formação continuada é para todos - e, além disso, considerando que devemos ser propositivos e interventivos, em meio à contradição intrínseca do Serviço Social, propomos que os Conselhos convidem os alunos para sentarem-se à mesa e juntos, como iguais, buscar as mudanças e as negociações justas e razoáveis frente às instâncias legislativas, normativas e executoras das políticas de educação do Brasil.

Dê Perez Sousa